sexta-feira, 20 de março de 2009
Vida airada
Hoje sentei-me no comboio, nos bancos do outro lado estava uma mulher a falar ao telemóvel. Eu juro que não quis ouvir a conversa propositadamente, mas a verdade é que ela não se inibiu no tom e falou num volume capaz de deixar toda a carruagem a entender o que se passava na sua vida. Daquilo que entendi, o marido chegou-se ao pé dela e disse que se queria separar. Ela dizia que tinha achado a atitude estranha e perguntou se havia outra pessoa na sua vida! Ele respondeu que não, mas na verdade é que ela acabou por descobrir que alguém do trabalho do marido se andava a fazer ao piso. Ao que percebi nada de concreto aconteceu entre os dois, mas a verdade é que a mulher agora diz que o marido tem que voltar a merecer a confiança dela e por isso telefona-lhe a dizer que tem que sair sempre do trabalho a horas certas e à mesma hora que uma outra colega de trabalho, em que pelo vistos a senhora confia! Ora, segundo esta mulher, agora já está tudo bem e o marido não se quer separar, porém a estratégia do controlar também me parece estranha (é que mesmo que se tenha metido a pata na poça, ninguém gosta de pressões, certo?). Não querendo ser mazinha, eu acho que este casamento está condenado! Fora esta história que ela foi dissertando à pessoa do outro lado da linha, ainda consegui perceber que o marido não falava com a mãe e que ela não se dava lá muito bem com a sogra!
Olhem, estive tão compenetrada no relato, que só no final da viagem reparei que a minha melhor amiga estava mesmo sentada ao lado desta senhora! Ai, esta veia de cusca!!!
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