quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aceitam-se opiniões...



A minha irmã que tem uma cabecita fraquinha: ouviu o passatempo da Vila Moleza no Rádio. A minha filha adora ver isto na TV. E a Vila Moleza vai estar ao vivo, no pavilhão atlântico, no sábado. A cabeça fraquinha da minha irmã percebeu que o passatempo se destinava a ganhar bilhetes para o espectáculo e logo telefonou à sobrinha para esta fazer um desenho e tentar ganhar as ditas entradas. A miúda ficou toda entusiasmada, fez o desenho, foi à madrinha buscar a revista da série para não se enganar nas fatiotas das personagens e já estava aos saltos com a possibilidade de entrar no espectáculo ao vivo. Só mais tarde, a cabecita fraquita da minha irmã percebeu que o passatempo se destinava apenas para ganhar o vídeo desta série infantil e então ficou a pensar que se calhar seria boa ideia comprar os bilhetes pra miúda (que já sonhava em ir)conseguir mesmo assistir. Embora com uma cabecita fraquita, a minha irmã lá se ofereceu para pagar o bilhete da sobrinha, que contando com o meu dava uma média de 40 euros (e quer dizer o fim do mês é só amanhã) e lá fui à pressa adquiri-los. Agora estou na dúvida: digo à minha filha que ganhou os bilhetes, para não ficar desanimada do seu desenho não ter sido escolhido ou digo que os comprei e que afinal o desenho era só mesmo para ganhar o vídeo? E depois, se mesmo assim nem ganhar o vídeo, vai ficar desiludida? Bom, sei que a vida é assim mesmo, há que aprender a saber lidar com vitórias e derrotas, mas bolas ela este ano até se aventurou no casting do teatro da escola (coisa que nunca pensei que fizesse) e não ficou. Será que não são desilusões a mais! Pedem-se opiniões justificadas, mas ninguém me venha com a história de moral:"A verdade acima de tudo"!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Era assim que estava ontem...

"ó mãe, se quiseres escrevo-te na testa para não te esqueceres", dizia a minha filha enquanto lhe dava banho, a propósito de algo que não queria que me esquecesse. Até ela, com os seus singelos oito anos percebeu que eu estava lá, mas não estava. O meu cérebro ontem estava espremido, não me conseguia concentrar nem que fosse para seguir, por exemplo, uma novela da TVI (que já não sigo, porque até já tenho televisão por cabo, certo?). O dia começou mal, com um trabalho que foi executado com grande falta de profissionalismo. Comecei logo a ferver às 10.30h da manhã, depois de ter passado por uma fila de carros de quase duas horas, de ter demorado muito a encontrar estacionamento aqui perto do escritório. A culpada foi a greve (sem culpas para quem a pratica, já que eu sou aquela que está sempre a favor do trabalhador). E depois, depois paga-se uma pipa de massa por esses parquímetros afora e passamos uns minutos da hora, chegamos ao carro e a EMEL - que deve ter os empregados mais eficientes de toda a história mundial - já passou a dita multinha. O que a EMEL ainda não percebeu é que eu não pago multas oriundas desse destino. Não pago. Ponto final! Venham cá prender-me, coloquem-me algemas, mas não pago. Ora já gasto uma pipa de massa, quando sou obrigada a trazer o carro, portanto fico indiganada quando me passam uma multa por não conseguir ter sempre trocos para meter nas máquinas.
Cheguei a casa com pouca vontade de fazer jantar ou de me concentrar em algo mais que não fosse em olhar as minhas paredes pintadas de branco!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Este miúdo sabe-a toda...

Ontem no comboio, enquanto voltava para casa.
Cenário - Puto dos seus 18 anos atende o telemóvel. Faz uma festa com a pessoa do outro lado da linha. Epá, não tava nada à espera. Fogo que bom que ligaste e blá, blá, blá. Enquanto isso, eu pensava: que devia ser uma pessoa que lhe dizia muito e tal. E na realidade devia ser mesmo, porque o resto da conversa foi hilariante.
-Epá, ca=ra%h&o (PIIIIIIIIIIIIIIIIII.....). Tu tens que comer, merda. Tens que ficar boa. Nem que para isso eu gaste até aos meus últimos 80 cêntimos. Fogo, minha, tu tás fraquinha, g'anda nóia, come e a seguir come outra vez! .......PAUSA....... (volta ao ataque), Já sei minha, bebe montes de Ice Tea, dizem que o Ice Tea tem montes de nutrientes nice's para a saúde. Bebe litros disso!

Só não soltei uma gargalhada por pura vergonha! Mas é que este miúdo sabe-a todo, vou ali já encher o meu buchinho com litradas deste novo medicamento, este milagre para a saúde e prevenir desde já qualquer maleita que me apareça por aí!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Gosto disto...



De vez em quando gosto mesmo desta profissão, mais que não seja para dar uns apalpões nos rabiosques de miúdos giros como o Rodrigo Hilbert. A outra ali ao lado, estive quase a empurrá-la, assim comá assim anda sempre bêbeda (para compreensão para quem vê a novela Viver a Vida), podia ser que se estatelasse no chão e nos deixasse no nosso clima de romance... eheheheh...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Adenda ao post anterior


Este era o vento que se fazia sentir na praia do Baleal na altura que passamos por lá. Num certo momento, a malta decidiu abandonar o local porque anunciava-se uma tromba de água para aqueles lados. Aqui na foto, para quem tem dúvidas de quem se trate: aquela ali de capuz é a Irina, a futura noiva. Só estou a dizer, porque a malta que lê o blog e que não fala comigo com alguma frequência já se queixou que acabei por não revelar aqui quem se ia casar!!!
(Devo acrescentar: fotos gentilmente cedidas por Ana Cristina Pereira, eheheh)




A fofinha da Patita fez anos, na quinta-feira, e a malta rumou a Peniche no sábado para uma almoçarada no restaurante do seu fofinho mais que tudo. Aproveito para fazer publicidade ao restaurante Tempero de Mar que serviu umas iguarias deliciosas. Ela fez 34 aninhos, e não há vergonha de dizê-lo, porque está mais que enxuta, parece que acabou de fazer 24!!! O passeio deu direito a uma ida à praia e ainda uma passagem por um barzinho dos arredores para beber uma jolita! Já de volta a casa preparou-se um jantar è pressa para a mana ter onde comer nessa noite. Domingo almoçou-se na casa da afilhada linda e visitou-se o mais novo membro da família que também está lindo de morrer! Para evitar voltar a sujar o fogão jantou-se na casa dos pappys. É que dá mesmo o g'anda jeitaço. Hoje já se está de novo na labuta à espera que a semana decorra tranquilamente.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tudo sobre a minha mãe




A professora da Beatriz pediu a todos os meninos que fizessem um texto que descrevesse física e psicologicamente a mãe de cada um. A minha filha vê-me assim como descreve em baixo. Achei delicioso, e gosto especialmente das partes fúteis sobre mim: unhas pintadas, olhos pintados... ahahah!!! Apreciem...

"A minha mãe tem estatura média, tem os olhos castanhos e o cabelo também. O cabelo dela é mais curto atrás do que à frente. Tem nariz de batata e às vezes está mais gordinha, mas depois vai ao Holmes Places, e consegue manter a linha. A profissão da minha mãe é jornalista, ela faz muitas entrevistas e às vezes viaja para outros países.
Ela é querida e amorosa, engraçada e tem sempre as unhas pintadas.
Ela gosta de estar com a família e com os amigos em jantaradas. Ela gosta muito de se arranjar e pinta os olhos todos os dias.
A minha mãe é fã da série de Friends. Ela come muito feijão com arroz, porque vai muitas vezes ao Brasil, e quando volta queixa-se sempre que engordou dois quilos.
É difícil num texto pequeno e com poucas palavras dizer tudo sobre a minha mãe, porque ela é todos os dias uma caixinha de surpresas!"

terça-feira, 13 de abril de 2010

Assim foi o meu regresso...

Estou em solo português, a viagem de regresso não teve sobressaltos, apesar de ter subido e descido no avião da Passar(m)edo 3 vezes antes de conseguir pousar em São Paulo. Para quem tem medo de voar, esta companhia aérea é um excelente tratamento-choque.
Ainda estou a matar saudades da minha filha, mas no domingo não resisti a deitá-la na minha cama, para lhe sentir bem o cheirinho. Mas ontem o dia da miúda não foi fácil! Primeiro envolveu-se numa pequena batalha com um miúdo castanho (ela é que diz) pelo direito de passar por onde ela queria, no parque, e diz que ele lhe deu um soco no nariz. Ela voltou-se a ele, porque ensino-lhe sempre: nunca bates primeiro, mas quando te batem, tu bates também! Ela segue essa máxima, mas por vezes eles são mais insitentes e ela tem mesmo que chamar ajuda. O meu pai foi em seu socorro, mas o miúdo não devia mesmo ser boa rés e teve a coragem de ser voltar ao meu pai também. Acham normal? O meu pai que não é parvo e com medo da família do miúdo estar por ali, achou melhor não ripostar e pirou-se com a neta do local. Acho que eu lhe tinha dado uns cascudos!
À noite, a minha filha estava feliz, porque o seu Magalhães, depois de um mês ausente a arranjar, voltou às suas mãos. Mas caiu o carmo e a trindade quando descobriu que veio sem todos os jogos que ela mais gostava. Chorou, esperneou, ficou lavada em lágrimas. Pacientemente, lá lhe expliquei que os jogos podiam ser instalados outra vez, mas só descansou quando liguei à madrinha e ela lhe assegurou que o padrinho o iria fazer. Depois lá tentei ter uma conversa didáctica e explicar-lhe que não podemos chorar logo ao primeiro obstáculo que nos aparecer e que temos primeiro que pensar no problemas e depois tentar encontrar uma solução, blá, blá, blá (bom, eu na idade dela também teria vivido a mesma tragédia grega).
Adormeceu ainda com os olhos inchados, mas muito mais descansada por saber que o problema tinha solução.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Chiça.. há frio aqui também...



Vamos lá a ver uma coisa. Eu vim para o Brasil, para um local onde não existe praia. Eu aceito esta sina, já aceitei. Mas desculpem lá, já que venho para este país supostamente tropical, depois de um Inverno rigoroso em Portugal, seria de esperar que essa grande força que é a natureza não judiasse da minha pessoa, certo? Mas pelos vistos, ela não quer saber de mim. Porque estou num país supostamente tropical praticamente a bater o dente. Está frio e à noite está mais frio ainda. Já recorri à minha roupa de viagem, que trouxe pelo caminho para conseguir ultrapassar esta fase. Isto não está a correr lá muito bem. Ora chove torrencialmente (e minha querida natureza eu só trouxe sandálias, tás a ver?), ora a chuva pára, mas o frio teima em dar o ar da sua graça. Na realidade, eu vim para cá só mesmo para me curar do bolor que acumulei durante a última estação e tu, sim tu natureza pregas-me uma partida destas???

Aqui estoy...

Estou a caminho de ir jantar. Para vocês (malta de meu país que me lê) já é meia-noite, mas aqui ainda são apenas 20.00h. É estranho pensar que vocês já estão ai todos enroladinhos nas mantas e eu ainda tenho que calçar os sapatos e procurar um lugar para comer. Aqui por perto do hotel não é difícil, tenho o meu Spot preferido de Bauru: o Tauste. É mais ou menos o meu monumento local. Imaginem o Allegro, mas sem a Zara, a Berska ou a Promod (amo de paixão, comprei lá um vestido maravilho) para lavarem as vistas. Mas pronto, sei que no Tauste tenho ao meu alcance os melhores sucos, só isso já me deixa feliz (sou mesmo fácil de agradar). Aliás, aqui tenho os melhores sucos em qualquer bar de esquina. Bar de esquina que se preze, no Brasil, tem sucos naturais a preços acessíveis a qualquer hora e a qualquer momento.
A esta hora estou nostálgica, tenho saudades da minha filha, do meu menino que lá anda todo entusiamado em descobrir o local perfeito para as nossas férias. Hoje estou com saudades de todos, até do peixe. Betinha, como se está a portar o Fofinho? A Catarina ainda não lhe atirou uma laranja para dentro do aquário? Se ele não sobreviver a essa aventura, deixa lá, era porque o seu destino já estava marcado!
Meninas, tenho acompanhado a programção do casamento muito por alto, nem consegui ver a coreografia escolhida. Mas tive algum receio quando me dei conta que alguém se podia estatelar no chão... Medo, estou cheia de medo!
Fiquem bem, dentro de dias estarei de volta!

sábado, 3 de abril de 2010

Não há formas fáceis para chegar a Bauru e... ponto final

Vamos por partes:

1º Srs. da TAP quero começar por entender por que razão pago mais de 1000 euros por um bilhete de avião e não há uma só vez, nas últimas viagens que fiz, que ele parta a horas? Com este dinheiro pago pelos vossos clientes jamais deveria haver atrasos, jamais deveriam existir problemas técnicos com um dos assentos - já agora apelo às minhas cunhas desta companhia aérea e pergunto porque andam vocês a deixar problemas técnicos por resolver, sim, S. é contigo? -. Com mais de 1000 euros por um bilhete, os comissários de bordo até deviam estar dispostos a lavar-nos o rabinho com água de rosas ou de malvas. Tenho dito! Para além disso, queridos Srs. da TAP há que entender: não sou obrigada a estar sempre stressada sem saber se consigo apanhar a minha ligação para sair de São Paulo. Sim, porque nem todas as pessoas que viajam com a TAP para São Paulo ficam em São Paulo, ok?

2º Assim sendo, mais uma vez fizeram parecer-me (com o vosso atraso de 40 minuros), uma louca a correr pelo aeroporto de Guarulhos, sim, porque desta vez eu tinha uma passagem aérea marcada que me faria demorar apenas 1 hora até Bauru (era a loucura). Meus senhores, eu corri, mas corri como nunca tinha corrido antes para chegar a horas de fazer o meu segundo check-in em 12 horas. E não é que consegui? Eu cheguei a horas do check-in e 20 minutos antes de ser necessário embarcar. Ora até aqui tudo maravilhoso. Entraria no voo da companhia aérea Passaredo às 8.30h e às 9.30h chegaria ao meu destino. Mas passou as 8, passou as 8.15h, passou as 8.30h e as meninas hospedeiras não mandaram ninguém embarcar. E porquê? Simplesmente, porque estava chuva torrencial em Bauru e não havia previsão de horário para o avião descolar.

3º Mas passado uma hora, o Sol (apesar de chuva) brilhou e lá nos mandaram entrar naquela ave voadora. Sim, meus caros, apesar de não ter muito medo de voar, desta vez comecei a rezar a todos os santinhos. A avioneta (não, aquilo não era um avião) impunha respeito, mas pelo lado negativo. Mas o pior mesmo foi quando levantou voo. Sabem o que sentem quando estão dentro de uma máquina de lavar roupa a torcer? Não? Pois, eu também não sabia até hoje. Fiquei com os miolos em frangalhos e os tímpanos em sangue. 1 hora em vraaammmmmm, vruuuuummmm, vrammmm, vrummmmm (what a fuck!)

4ºMas pensam que esta aventura acabou? Acham mesmo que chegar a Bauru é assim tão fácil? Tirem o cavalinho da chuva, pois é... A 5 minutos de começarmos a descida para Bauru, informa o comandante; "Caros passageiros, aqui vos fala o comandante do voo para vos informar que não pousaremos em Bauru e Marília, porque as condições atmosféricas não o permitem. Assim sendo, faremos a descida directamente para o aeroprto de Presidente Prudente". COMO É QUE É????? Onde raio fica isso, a quantos quilómetros vou ficar de Bauru, aliás como vou chegar até Bauru???

5º Um rapazinho simpático que conheci durante o voo disse que essa cidade ficava a uns 200km do meu destino (aqui comecei a bufar...), a companhia aérea avisou que pediu táxis para levar todas as pessoas aos seus destinos (aqui já dei uma respirada de alívio...) e o taxista que me calhou na rifa disse que não estávamos a 200 km de Bauru, mas sim a 300km ( vale a pena começar a bufar de novo? Acho que não né?)

Resumindo, concluindo e baralhando: devia ter chegado a Bauru às 9.30h da manhã e só cheguei às 3h da tarde. Cheguei à conclusão que nunca vou conseguir fazer esta viagem em menos de 22 horas. Já fiz todas as tentativas, já esgotei todas as alernativas. Vou entregar nas mãos do destino, porque há coisas que não conseguimos mesmo mudar. Assim que cheguei ao meu quarto de hotel fui comida por uma melga. Tenho dois cornos na testa (vê lá o que andas a fazer menino?) e tive que pedir uma intervenção urgente de insecticida. E é por isso que aqui estou já a relatar mais uma aventura, porque enquanto o insecticida não vencer a melga não volto a entregar-lhe o meu corpo assim sem mais nem menos, afinal quem pensa ela que é?