quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Geração dos pais 80



Pronto já está... a minha filha faz parte dos "ratinhos de laboratório" que serviram de cobaias para testar a vacina da gripe A. Até ao momento de lhe espetarem a agulha no braço, mantive as minhas dúvidas e reticências. Se por um lado, acho que ficava de consciência mais tranquila se ela tomasse, também me indagava se estaria a expô-la a outros danos colaterais. A enfermeira sossegou-me e disse que mal não faz e é muito mais perigosos estarmos expostos ao vírus, sem qualquer tipo de prevenção. A medicina evoluiu, e muito, sem dúvida e também todas as precauções com as crianças. Digamos que, na minha opinião, passámos do 8 para o 80! Hoje em dia, a criança tem uma borbulha na ponta do nariz e vamos a correr com ela para o médico, tira um raio-X, uma ecografia e todo o despiste de doenças alérgicas, brinca com um carrinho de metal e chamamos logo a "protecção civil" para ver se o metal não é perigoso ou letal, oferecem-lhe um peluche e mandamo-lo para arrecadação pk os olhos podem descolar-se e o pêlo pode provocar-lhe asma, tem medo de palhaços e do Pai Natal e mandamo-la logo para o psicólogo (esta é mesmo adequada à minha filha). Enfim, e pensar que os nossos pais corriam pelas ruas descalços, chupavam os pés das campainhas (eu também ainda sou desta geração) e faziam as necessidades mais demoradas no mato e depois limpavam o rabiosque às folhas que apanhavam à mão. Atenção, claro que também sigo todos os métodos de prevenção e segurança e sou uma mãe-geração dos 80 e não dos 8, mas o certo é que caímos num certo exagero. A mim me puno também por fazer parte dos pais alienados!

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