quinta-feira, 4 de junho de 2009

Gente grande... gente pequena...



Os meus pais nasceram no mesmo mês, com 3 anos de diferença mas um dia a a seguir ao outro. São do signo Aquário. Este ano fazem 40 anos de casados, acho que, apesar de todos os precalços da sua vida, foram felizes, pelo menos enquanto casal. Mas são muito diferentes, disso não tenho dúvidas! Ontem, deixei a Beatriz com eles, porque fui ao jantar das resistentes terravistanas. Liguei para a casa deles, porque precisava saber como chegar rapidamente à Av. Almirante Reis e não conseguia visualizar o melhor caminho! Foi a Beatriz que atendeu, do fundo ouvi a minha mãe gritar: JÁ DISSESTE À TUA MÃE QUE CHEGASTE A CASA TODA "EMBARRASCADA"?. O meu pai veio ao telefone e perguntei-lhe o que tinha acontecido. Nada de mais, ela só caiu numa poça de lama ali no parque. Para o meu pai aquilo não era nada demais, para a minha mãe aquilo era o drama, o horror, a tragédia. Tá certo que não foi o meu pai, nem eu que tivemos que lavar a lama da roupa da miúda, mas pergunto-me, muitas vezes, por que há tantos adultos a quererem que as crianças se comportem como gente grande?
Ainda hoje me contavam uma história do género no comboio: uma avó que quase descrevia a neta como uma vandala só porque ela não comia aquilo que ela lhe punha no prato ou porque era mal-educada. Pessoal, as crianças passam por muitas fases e uma delas é acharem que são as maiores quando entram na escola, conseguem até ser meio parvinhas (como muitas vezes a Beatriz também é)... mas nunca nos podemos esquecer que são apenas crianças e se não passarem por todas estas fases é que se podem tornar adultos parvinhos... e na minha opinião isso é que é deveras grave, não?!

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