Dilemas no médico de família

1º Costumo fazer consulta de planeamento familiar com o meu médico de família. É aquele médico que é mesmo de família, ao qual vou desde os 10 anos e que conhece realmente o historial da família, sabe quem é o meu pai, a minha filha, a minha mãe (menos talvez a minha irmã, porque essa é daquelas típicas doentes que só recorre ao centro de saúde para sacar uma receitinhas)... Mas isto dele me conhecer desde tenra idade e de me ter visto crescer, com as mamocas a empolar e o corpo a ganhar formas, não sei por quê deixa-me meio desconfortável na hora de abrir as pernas.
2º Piora ainda mais quando ele, supostamente, para descontrair uma pessoa se coloca com graçolas (não sei, nesse momento, se hei-de rir ou chorar): "não faças força nas pernas que ainda me desmontas a marquesa! Esta coisa deste aparelho é um bocado friozinho, né? Agora vou pôr a pomadinha para ver se isto desliza melhor (nesta parte como se tivesse ainda 10 anos)"
3º Mas piora um pouco mais, porque ele me trata por TU, coisa que torna todo o processo ainda mais íntimo. Sim, porque se alguém te trata por VOCÊ a coisa deixa de ter um aspecto tão familiar. Só não acontece nas músicas do Marco Paulo:"Uma lady na mesa, uma louca na cama, mas VOCÊ com certeza vai dizer que me ama"
4º Desta vez, decidi ir a mascar pastilha elástica para ver se descontraía, mas foi pior ainda. Imaginem o cenário: eu de pernita na marquesa, a fazer um dito exame, com um médico a dizer graçolas e ainda por cima a mascar uma chiclete? É o descalabro...