Na areia da praia...

É triste uma pessoa não conseguir desligar-se destas ferramentas tecnológicas mesmo quando estás de férias. Mas hoje só passei aqui para relatar uma conversa deliciosa entre duas crianças de 9 anos. Uma delas é a minha filha, que não tem nove, mas tem quase... A minha filha, como qualquer outra criança faz amigos facilmente e por isso encontrou uma menina, chamada Clara, que lhe faz companhia em todas as suas brincadeiras de praia. Hoje de manhã enquanto as duas conversavam na areia:
Beatriz: eu estou ali naquele hotel...
Clara: eu estou nos apartamentos, mas os apartamentos estão muito porcos... nem conseguimos andar descalços, ficamos com os pés todos pretos...
Beatriz: a sério??? Como é que vocês conseguem viver assim?
Clara: Olha vivemos de olhos fechados!!!

ahahahahahahahah, demais, ser criança é tão bom!!!

Vou ali... tá?

Agora vou de ali de férias sim? Comer bolas de berlim na praia e atirar-me para o mar de chapão e apanhar uns escaldões, Ok? Tudo aquilo que faz mal à saúde em tempo de férias...

Dois milagres antes das férias...

Ontem à noite cheguei a casa tarde. Fui jantar com umas amigas do primeiro emprego que tive depois de acabar a faculdade. E olhem lá que isto é um feito, porque já passaram 11 anos. Acho que na realidade merecíamos uma medalha, porque mesmo não nos vendo ou falando todos os dias, o fazemos quando nos encontramos, como se ontem tivéssemos tido a conversa mais íntima de sempre, sei lá, como talk about ginecologistas, amores, desamores e essas complicaçõezinhas todas que nos atormentam o dia-a-dia. A querida A. tem uma M. linda, tão parecida com a Beatriz quando era bebé. Fiquei babada, né? E a C. lá está, igual a ela própria, sempre com aquela gargalhada fantástica. O marido da A. cozinhou para as meninas, deitou a baby, cantou com ela e fez tudo o que um homem de hoje em dia deve estar preparado para fazer. Sim, porque naquele momento o importante era as raparigas colocarem a conversa em dia. Posto isto ele não fez nada de mais, fez o seu dever, ahahah. Nao me batas PM. A A. ofereceu-nos flores... e assim ficámos a olhar para a rosa branca de lagrimita ao canto do olho. Foi bonito!
Quando cheguei a casa, e como expliquei lá em cima: bem tarde, vivi um daqueles momentos de filmes. Em que se olha para algo e dali nos encandeia uma luz, como se de um milagre por tanto esperado, se tratasse. Imaginem também neste cenário uma música de fundo parecida com aquelas que passam nas películas de Natal quando o São Nicolau aparece por perto. Pois é, as minhas tão desejadas prateleiras de sapatos que implorei ao Pai Cardoso para montar estavam prontas. Ali, à minha frente, maravilhosas, lindas e ainda com um cheirinho a cola, acabadinhas se serem instaladas! Foi o delírio. Há lá coisa melhor que ter um pai Cardoso? Claro que há, é ter uma mãe Cardoso. Que pelos vistos não esteve presente neste trabalho, porque se tivesse estado, os sapatos também estariam arrumados e limpos nas prateleiras, coisa que não se verificou!!! ahahahah

Vocês precisam de férias quando...

... param o carro no posto de gasolinha. Saem do carro, fazem o pré-pagamente, encontram alguém conhecido com quem ficam à conversa durante alguns minutos, voltam para o carro, ligam o carro e arrancam sem colocarem uma gota de gasolina no depósito.

Ps - consegui voltar atrás e emendar o erro... prontooooosssss... e ainda falta um dia para ir descansar estes neurónios!

41 anos...

Os pappys fizeram ontem 41 anos de casados! Houve festa, com comidinha da boa, alguns doces e um convívio bem íntimo e familiar. À noite, depois de deitada, houve também uma queixa por parte da tripa e o sono não ficou completo! É o que dá ter mais olhos que barriga e não pensar sequer que os toucinhos vão continuar a inchar se não parar com este alamzabamento! Vou parar com a conversa de merda e desejar muitas felicidades aos meus lindos pais que conseguem ainda estar relativamente sãos da cabeça apesar de tantos anos juntos.

Não customo dizer asneiras no meu blogue, mas desta vez dão-me licencinha, ok?

Este post não pretende ferir susceptibilidades, principalmente dos seus leitores, mas desta vez não existe outra forma de expressar aquilo que me vai na alma! E todos os factos relatados não são pura ficção, mas sim pura realidade!!!

Não quero deixar de felicitar os filhos da puta que estão à frente da organização do Super Bock Super Rock, este ano muito aguardado pelos seus fabulosos parques de estacionamento que ocupavam, segundo o seu slogan da rádio, 7 campos de futebol:

1º Eu até podia fazer um post simpático a estes cabrões... se pelos menos tivesse tido direito a uma porra de uma acreditação. Ah e não venham com a merda da conversa e tu não trabalhas em revistas relacionadas com a área e tal... porque a única coisa que me interessa é que pago o mesmo que os outros pela puta da renovação da carteira;

2º Eu até podia fazer um post simpático a estes filhos da puta... se dois bilhetes não me tivessem custado uma merda de 80 euros;

3º Eu até podia fazer um post simpático a estes gajos fodidos... se eu tivesse conseguido chegar, de carro, aos filhos da puta dos estacionamentos que ocupavam 7 campos de futebol;

4º Eu até podia fazer um post simpático a estes pixotas... se não tivesse estado 1.30h parada dentro de um carro para me deslocar apenas uma merda de 500 metros;

5º Eu até podia fazer um post simpático a estes caralhos... se não tivesse tido que abandonar o meu carro a 3km do evento e palmilhar essa puta dessa distância para conseguir chegar a tempo de ver Prince;

6º Eu até podia fazer um post simpático a estes merdas... se em vez de eles anunciarem na rádio que os caralhos dos estacionamentos eram mais do que muitos e iam todos caber lá dentro, tivessem tido a decência de anunciar que isso era uma verdade, mas que iria ser impossível chegar aos tão milagrosos estacionamentos, tão difícil como chegar ao paraíso;

7º Eu até podia fazer um post simpático a estes pilinhas pequenas... se eu eo meu miúdo não tivessemos estado trancados dentro de um carro parado, durante uma hora, quase a agredir-nos devido ao miolos a ficarem em frangalhos com os nervos;

8º Eu até podia fazer um post simpático a estes caras de cús... se não tivesse comido tanto pó... um pó que me podia ter cegado e para o qual vou ter que tomar litros de leite que permitam desintoxicar o organismo;

9º Eu até podia fazer um post simpático a estes cagalhões... se não tivesse demorado uma merda de duas horas a chegar a um caraças de lugar que de carro se faz em 15 minutos;

10º Eu até podia fazer um post simpático a estes merdas... mas não faço, porque não merecem e olhem que até só uma puta de uma pessoa com espírito festivaleiro!

Se o Prince valeu o esforço? Valer até valeu, pelo menos como recompensa pelo esforço que se fez! Se o Prince compensaria o esforço se eu advinhasse o futuro? Tenho as minhas dúvidas!
Para a próxima ofereço um bilhete para Ópera ao miúdo, acho que nos poupava alguns anos de terapia, porque este trauma vai demorar a passar!

MECO, SOL E ROCK n'ROLL

Com as férias a aproximarem-se nada melhor do que antecipar um pouco descanso e diversão. Vale-me o facto de conhecer uns condes ali para os lados do Meco e que, de vez em quando, com muita coragem abrem as portas da sua mansão aos amigos pés rapados! Correm alguns riscos ao se armarem em bons samaritanos e abrigarem esta malta favelada no seu palácio: chatos, piolhos, carraças, carraptos e pulgas podem invadir a sua casa sem aviso prévio. Bom, este fim-de-semana será tempo de esturrar ao Sol nos areais do Meco, comer uma bela sardinhada na Cotovia e acabar em beleza a ver o Prince no Super Bock e que vai cantar ao lado da Ana Moura, de quem é amigo (espantoso)!!!
E para inciar o final da semana, ontem foi dia de escutar Mafalda Veiga no Casino do Estoril. Pela primeira vez, não vi grande coisa nestes concertos gráaatttiiiss (adoro). O espaço estava apinhado de gente para ouvir, como diz a minha amiga S., a "beta" dos Pássaros do Sul.

Limpezas e mudanças

Os meus pais decidiram fazer as limpezas de Verão da minha casa. Eles são especialista no assunto! E se perguntam se tenho algum peso na consciência por não lhes pagar, a minha resposta é NÃO, porque se eles fossem médicos também não me cobrariam as consultas, certo? Eles ofereceram-se, ou melhor, invadiram a minha casa com a sua nova arma do secreta, a Vaporetta. E por lá andam todos contentes a passar com aquilo por todos os cantos da minha casa. Diz a minha mãe que se não fosse ela, haviam cantinhos da minha casa que criariam cogumelos. Eu digo que ainda bem que ela existe e que se especializou em limpezas. Eu não sou profissional da coisa, porque se todos fossemos especialistas em todas as área, então é o desemprego não parava. O curriculum das pessoas era interminável. Por exemplo: "formada em jornalismo, especialista em passar a ferro, e com uma vertente forte em desentupir canos".
Aproveitando esta sua boa vontade, pedi ao jeitoso do meu pai, que é sim senhor, que seria espectacular se me colocasse mais duas prateleiras na despensa para aumentar o meu closet de sapatos. Mesmo antes de acabar de falar, assim que introduzi o assunto, a minha filha levou logo as mãos à cabeça: "Ó mãe, eu não acredito! Não achas que já é suficiente? Tu deves ter ali uns 40 pares de sapatos e ainda queres ter prateleiras para mais?". Eu envergonhada perante uma miúda de 8 anos dei-me ao trabalho de explicar como se de uma reprimenda se tivesse tratado: "sabes B., desculpa, mas os sapatinhos da mãe estão uns em cima dos outros. Tou mesmo a precisar de umas prateleirinhas novas para que eles não sejam mal tratados. Deixas? Deixas a mãe expandir a sua sapataria?". Ela continuou: "ai mãe, tu não tens emenda!"

O "Homemsexual" cigano

Ontem foi de partir a rir a notícia que dava na TVI. Tenho pena de não ter apanhado desde o início, mas pareceu-me que a história era qualquer coisa como um tiroteio entre ciganos. Parece que a esposa-cigana abandonou o esposo-cigano depois de uma traição. Segundo a testemunha que falava, a mulher abanou o marido porque levou um par de cornos, apanhou o marido na cama com outro homem... Diz a testemunha que se fosse com outra mulher estava tudo bem, não havia problema, mas agora ter um marido-cigano-rabeta é que não. Atenção, ela dizia assim: "Ele é homemsexual, por isso a mulher não podia aceitá-lo. Agora andam as ambas as famílias aos tiros uma com a outra, porque isto é uma desonra!".

Está quase

Faltam duas semanas para estarmos de papo para o ar... aqui!

As férias estão a duas semanas... quase, quase de papo para o ar nos areais de Manta Rota. Mas enquanto elas não chegam lá me vou atrevendo a arriscar os areais da linha de Cascais que pelos últimos acontecimentos se têm tornado um nadinha perigosos. Ainda na semana passada estive no Tamariz no dia em que houve derramamento de sangue. A polícia estava por lá em força, mas no momento nem sequer fazia ideia do que se passava por ali. Esta semana foi mais tranquilo estar por Carcavelos, embora o espaço para colocar a toalha não fosse propriamente muito.
Sábado foi dia de festejar o 3º ano ao lado do meu miúdo! Parece impossível que já passou todo esse tempo e que estamos juntos, bem e felizes. A vida deu-me oportunidade de o conhecer, uma das melhoras coisas que me aconteceram nos últimos tempos. Por que embora nunca tivesse deixado de acreditar no amor, a vida às vezes deixa-nos receosos de nos entregarmos por completo. A noite foi bem passada no Restaurante vegetariano da Praça da Alegria, acompanhado mais tarde pelos amigos S. e Z. que quase foram ao ar e perderam o lugar no bar Meninos do Rio. Conseguimos segurar as cadeiras até à hora da sua chegada, mas a pressão que estávamos a sentir deixou-nos a vacilar em determinados momentos. Agora só falta aguentar estas duas semanas que faltam, para pararmos e recomeçarmos um novo ano quando as férias terminarem.

Os sinais e a intuição são evidentes

Ontem, como em muitas outras noites, estive a assistir a mais um episódio de Oprah. O tema era, mais uma vez, sobre violência doméstica. Como muitos sabem eu não sofri propriamente de violência doméstica, mas andou lá bem perto. Hoje falo sobre isto sem qualquer problema, porque a verdade é que o tempo cura tudo, e principalmente se não forem deixadas mazelas físicas, como aconteceu com a senhora de ontem que para além de ter levado umas belas porradas durante o casamento, já depois de divorciada esteve à beira da morte, quando o ex-marido achou que podia safar-se de um homícidio e que jamais - mesmo sendo ele um dos principais suspeitos caso a coisa acontecesse - seria apanhado. A mulher esteve à beira da morte, mas safou-se e ele foi justamente condenado a prisão prepétua (muitas plamas para este júri que o condenou).

O que mais impressou no relato desta mulher foi o facto de hoje em dia já conseguir ver que, mesmo antes do casamento, já existiam alguns sinais. Foi revelar que mesmo no dia do casamento o pai disse-lhe que ela podia virar as costas a tudo, pois quem estava de fora percebia bem o que acontecia. É que é engraçado, mas também eu depois de já ter dado sinal para a mobília da casa, o meu pai disse-me que não se importava de perder o sinal se quisesse deixá-lo. Porque na realidade os outros percebem melhor do que nós. Nós achamos sempre, tal como a senhora explicou, que não ia acontecer nada de mal com ela, que iria casar e iria fazê-lo feliz, que iria dar-lhe filhos e ele conseguiria ser feliz. A verdade é que eu, nos meus inocentes 23 aninhos, pensava exactamente a mesma coisa.

Felizmente, não passei um terço daquilo que aquela mulher passou, até porque não cheguei a apanhar, algo que sempre desconfiei que estaria bem perto de acontecer. No entanto, não quis ficar mais tempo para provar a minha intuição. Ela, coitada, ficou, ignorando por muito tempo os sinais e a intuição. Apanhou a primeira estalada na lua-de-mel no Havaí, perdoou e foi aí que cometeu o seu primeiro erro. O especialista que estava ao lado dela e que desenvolveu uma teste que permite avaliar se alguém está em risco de violência doméstica disse algo que nunca mais me vou esquecer na vida: "Na primeira vez em que apanhamos somos vítimas, na segunda já somos voluntárias". Esta é que é esta: existe sempre uma opção e a certa não é, com certeza, esperar para ver se afinal ele não nos acaba por matar.

Quando a cabeça está fraquinha...

Entro no comboio, estou pouco concentrada para ler um livro que até é superficial, assim sendo nada nelhor do que me tentar distrair com a conversa dos que vão ao meu lado. Ontem apanhei duas mulheres que falavam com grande entusiasmo de xixi e de cocó. A minha cabeça anda tão fraquinha que me entusiasmei com a situação. A menina de dois anos que já não fazia xixi na fralda, mas que ainda fazia o cocó e o bacio com música que a senhora descreveu tão bem. E as educadoras do infantário que queriam tirar a fralda à miúda depressa, antes que ela começasse a borrar as salas de aulas. Há lá algo melhor do que ouvir uma conversa de xixi e cocó quando não se está com paciência para ouvir falar de mais nada...

O tempo... contra nós!

Pois, é que se estava mesmo a ver. Agora que o fim-de-semana se aproxima as malditas nuvens decidiram instalar-se por esses céus de Portugal afora. Eu, que este ano ainda não pus os costados na praia, tenho que me valer do ligeiro bronze à camionista que apanhei no sábado aquando do Festival Panda. Haja paciência para este tempozinho de cocó!

Indignação infantil

A minha filha anda indignada com o nosso primeiro-ministro. Não e não é porque o IVA vai aumentar, não é por ele ganhar o que ganha (até porque o nosso seleccionador nacional ganha muito mais) e também não por ele estar sempre envolvido em todas as trafulhices que aparecem nas notícias. NÃO! A minha filha está indignada com o Sócrates porque:
-Ó mãe, achas normal que à hora em que dá o Zig-Zag (programa infantil) no 2º canal, o Sócrates faça acabá-lo mais cedo para ir ali falar no tribunal (leia-se assembleia da república). Achas normal mãe que ele tire o programa do ar só para ir ali falar! Fora o Sócrates, mãe, fora!