quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Não há condições...

Deitamo-nos os dois com ideias pecaminosas na cabeça, o homem começa a dizer que lhe cheira a sopa. Eu fungo, fungo e fungo e não me cheira a nada. Convenço-o que se calhar a cebola que comeu ao jantar lhe subiu ao nariz. Ele levanta-se, vai comer um doce e lavar os dentes (again), porque segundo o mesmo não se consegue concentar com aquele cheiro infernal a sopa naquela cama. Ele sai e naquele momento começa a mim a cheirar-me a algo meio insuportável. Não é sopa, é cheiro a podre. Começo a levantar os lençóis, e ele volta, digo-lhe que deve ter-me deixado maluca, porque também a mim me cheira a algo. Cheiro todos os móveis do quarto, a tomada, os candeeiros, até mesmo os rodapés. Nada tem aquele cheiro estranho em específico. O cheiro vai e volta. Não é permantente. Estamos loucos!!!
Eu, com a cabeça cheia de séries da Fox Crime, começo a dizer que o meu vizinho do lado matou uma das suas muitas amantes que lhe conheço e deixou-a a apodrecer no apartamento. Se o cheiro persistir digo-lhe que chamo a polícia.
Acendo incenso, velas de cheiro, queimo essência e a podridão começa lentamente a dissipar-se. Ele começa a dizer que foi o fantasma da sopa que precisava que lhe iluminassem a alma com algumas velinhas. Medo, medo, medo, porque em alguns dias não tenho companhia durante a noite... mas por agora ficámos assim, voltámos a concentrar-nos... foi um desassossego!!! Nem queiram saber...

2 comentários:

Anónimo disse...

Lol heheeheh
É melhor irem ver o que se passa na casa ao lado.
Pode ser um animal morto.

S

Karen disse...

aiii ri muito!!!!! hahahahaha