Todos os papéis da minha vida...

Pela primeira vez na vida, juro, fiquei meia tocada (vá que atire a primeira pedra quem não viveu já esta experiência ou quem não vá viver) nos anos da minha filha. Atenção, não estava a cair de bêbeda, assim para o género de dar um copo de vinho à Beatriz em vez de lhe preparar o leitinho com a palhinha que tanto ela gosta antes de se deitar. Até lhe podia colocar a palhinha no nariz, em vez de na boca, mas mais tarde ou mais cedo, acertaria, juro que sim! Estava mais do género: "I belive I can fly, I belive I cant touch the sky" (sorte que moro no R/C). É que vocês têm que compreender: o dia de anos da B é sempre intenso e este ano, apesar de ter tido a brilhante ideia de separar a festa dos putos da festa dos adultos, por achar que iria ser menos cansativo, a coisa foi mais ao contrário. Às 11 da manhã, depois de me ter deitado à 1h da noite, após algumas horas na cozinha, já estava com os miúdos no Macdonald's. Depois foi ver o pai e tive que a acompanhar. Durante a tarde, tive que acabar de terminar as coisas para receber os convidados da noite. E num sábado, como devem calcular, a malta adulta não tem comprossimos e gosta de se alongar. Portanto, foi muito bom e proveitoso, e para esquecer o cansaço, terminar a night a beber vodka preta em boa companhia!
A noite alongou-se até às 3 da manhã e no outro dia o despertador tocou às 10 para voltar ao Macdonald's para a B ir à festa da prima!
Abri um olho, abri o outro, olhei para a minha casa e suspirei: em todas as divisões tinha caído uma espécie de bomba assim parecida com uma espécie de atentado do Hamas. Virei as costas à cena (ai sabe tão bem) sai de casa, comi um hamburguer e só voltei à 13h. A "Maria empregada" (que vive dentro de mim mesma) chegou a essa hora. Estive 1 hora a apanhar todos os tipos de miniaturas, possíveis e imaginários, que inventaram em forma de brinquedos. Coisas que nem sabia que existiam. Mas que estão lá, naquele quarto, refundidas dentro dos baús dos brinquedos dela (colherzinhas, coca-colazinhas, hamburguerzinhos, bonequinhas, bonequinhos, óculos de solzinho e o diabo a quatro). Na sala foi um ver se te havias. Abri um saco e vai de jogar tudo o que era de plástico lá para dentro, este ano até foram à vida as toalhas que comprei já no primeiro aniversário da B, pois acho que já cumpriram o seu papel nesta vida, durante 7 longos anos. CHEGA, elas merecem descanso e eu também!
A "Tekas relações públicas" (que também existe dentro de mim mesma) entrou em acção, depois da empregada abandonar a casa. Saiu e foi às compras para ter tudo perfeito na terça-feira quando a sua cliente (eu mesma) completar também mais um ano!
Depois, chegou o meu arquitecto prefiro (o meu amado) que se juntou
à engenheira (que também existe dentro de mim mesma) e ambos estiveram no chão da sala, durante duas horas, a montar o novo brinquedo que ofereci à Beatriz: uma bosta com 70 peças (ai, ai) - Barriguitas (eles andam aí de novo) na TV.
Só para concluir: tudo, mas mesmo tudo valeu a pena quando a B. voltou da casa dos avós paternos, entrou na sala, abriu um sorriso de orelha a orelha e disse: boa mãe, já montaste!!!

PS--> As fotos postarei mais tarde, depois de realizados todos os eventos!