"ó mãe, se quiseres escrevo-te na testa para não te esqueceres", dizia a minha filha enquanto lhe dava banho, a propósito de algo que não queria que me esquecesse. Até ela, com os seus singelos oito anos percebeu que eu estava lá, mas não estava. O meu cérebro ontem estava espremido, não me conseguia concentrar nem que fosse para seguir, por exemplo, uma novela da TVI (que já não sigo, porque até já tenho televisão por cabo, certo?). O dia começou mal, com um trabalho que foi executado com grande falta de profissionalismo. Comecei logo a ferver às 10.30h da manhã, depois de ter passado por uma fila de carros de quase duas horas, de ter demorado muito a encontrar estacionamento aqui perto do escritório. A culpada foi a greve (sem culpas para quem a pratica, já que eu sou aquela que está sempre a favor do trabalhador). E depois, depois paga-se uma pipa de massa por esses parquímetros afora e passamos uns minutos da hora, chegamos ao carro e a EMEL - que deve ter os empregados mais eficientes de toda a história mundial - já passou a dita multinha. O que a EMEL ainda não percebeu é que eu não pago multas oriundas desse destino. Não pago. Ponto final! Venham cá prender-me, coloquem-me algemas, mas não pago. Ora já gasto uma pipa de massa, quando sou obrigada a trazer o carro, portanto fico indiganada quando me passam uma multa por não conseguir ter sempre trocos para meter nas máquinas.
Cheguei a casa com pouca vontade de fazer jantar ou de me concentrar em algo mais que não fosse em olhar as minhas paredes pintadas de branco!!!
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