sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O estranho dia 14 de fevereiro de 2013


O meu dia de ontem quase que se assemelha àquele filme o Estranho Caso de Benjamin Button, em que o Brad Pitt era do mais feio que podia haver, mas depois transformou-se na coisa mais fofa de que há memória. Uma coisa estranha, foi aquilo que foi o meu dia 14 de Fevereiro de 2013.

Ok, ontem era dia dos namorados, até aqui nada de novo, mas por uma coincidência incrível foi o dia em que marquei o meu casamento. É verdade malta, para quem ainda não sabia passei de noiva a estagiária pré-nupcial, e é um estágio curtinho que é para despachar a coisa rapidamente e não haver  nubentes (palavra que aprendi ontem) a sofrer ataques de pânico ou/e ansiedade!
Calhou por motivos burocráticos termos que escolher Sintra como local de marcação do matrimónio. Calhou Sintra estar sempre envolta numa nuvem romântica e  calhou sermos atentidos pela conservadora mais simpática que alguma vez conheci (verdade que também nunca tinha conhecida outra)... dadas as circunstâncias, e tudo o que envolveu a situação passei a ter vontade de marcar casamento todos os dias. Espero não ter que o fazer e que este seja o único e muito bem-sucedido.

Ao final do dia descansaram-me em relação a este assunto, porque leram a minha mão e disseram-me com uma precisão avassaladora que tinha um casamento marcado, um único casamento marcado na minha mão, o que me deixou sem fôlego porque tinha, de facto, acabado de o marcar na minha vida, nesse preciso dia.

À noite, esperava ter um jantar descontraído e sossegado, mas acabou por se revelar estranho e inesperado. No dia dos namorados sempre tentei escolher locais que desse para disfarçar o facto de estarmos a ter um jantar de dia dos namorados. Um restaurante assim espaçoso, com convívios de grupo, e que nós passassemos despercebidos no meio de todos. Ontem fomos para Alfama, jantámos num restaurante com doze mesas, onde estavam doze casais de namorados. Inpossível passar despercebido neste cenário. O restaurante era gerido por um casal típico da zona. Ele muito atrapalhado a servir às mesas, com a casa cheia, sem saber para onde se virar e a dizer-nos que o prato era:"qualquer de peixe embrulhado em couve lombarda" e ela a gritar da cozinha, já com as veias a latejarem na testa: "Ó João, pá, despacha-te, que os pratos estão a arrefecer. Mas afinal quantos gratinados são? Vou falar contigo sem gritar, que é para ver se percebes melhor... " (mas a gritaria continuava)! A cena foi cómica, hilariante, e diferente das lamechices que estamos acostumados no Dia dos Namorados.
O meu dia 14 de fevereiro de 2013 foi inesquecível e realmente muito estranho!

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